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terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Ensino de Jesus. Mt 7.29


   Jesus é o Filho de Deus encarnado, e seu ensinamento, dado a Ele por seu Pai permanecerá para sempre (Mc 13.31) e finalmente julgará seus ouvintes (Mt 7.24-47; Jo 12.48). A importância de se prestar atenção ao seu ensinamento  nunca é suficientemente enfatizada.  Jesus ensinou como geralmente ensinavam os rabinos judeus, por meio de ditos breves, ao invés de extensos discursos, e muitos de seus mais importantes ditos são constituídos de parábolas, provérbios e pronunciamentos isolados, respondendo a perguntas e reagindo a situações. Todo o seu ensino público foi marcado por uma autoridade que provocava assombro, mas alguns de seus ensinos eram enigmáticos, exigindo raciocínio e intuição espiritual ("ouvidos para ouvir"), desconsertando o ouvinte enfatuado e ocasional. A razão de Jesus para ensinar tão enigmaticamente a respeito do seu papel messiânico, da sua expiação, ressurreição e Reino futuro era, em parte, porque só esses acontecimentos poderiam tornar as coisas mais claras e, em parte, porque Ele estava chamando as pessoas para serem seus discípulos através do seu impacto pessoa sobre elas para, em seguida, ensinar-lhes a respeito de si mesmo dentro desse relacionamento, ao invés de oferecer detalhadas instruções teológicas aos não comprometidos (Mt 11.25-27; Mc 4.11,12). Porém, as afirmações de Jesus são, frequentemente, claras, e muitas das apresentações mais detalhadas nas cartas do Novo Testamento são melhor interpretadas como expanção e explicações daquilo que Jesus disse.
   O ensino de Jesus tinha três pontos regulares de referência. O primeiro era o seu Pai divino, que o tinha enviado e o dirigia, e com quem os seus discípulos precisavam aprender a relacionar-se como seu Pai no céu. O segundo era o povo, tanto indivíduos como grupos, recipientes de suas constantes e multifacetadas chamadas ao arrependimento e à nova vida. O terceiro era Ele mesmo, como Filho do Homem e o Messias de Israel.
   Do testemunho de Jesus a respeito do Pai, das pessoas em suas necessidades e de seu próprio papel messiânico, emergem três temas teológicos:
1. O Reino de Deus. Esse "Reino" é a realidade que veio com Jesus, como cumprimento do plano de Deus para a história, do qual os profetas do AT falaram com frequencia. O Reino está presente com Jesus, e seus milagres são sinais desse Reino. O Reino toma conta da vida de uma pessoa, quando ela ou ele se submete, em fé, ao senhorio de Cristo, solene compromisso que traz salvação e vida eterna. O Reino será pregado e crescerá até que o Filho do Homem - agora reinando no céu - volte para reunir seus eleitos de todos os cantos do mundo.
2. A obra salvífica de Jesus. Tendo descido do céu, segundo a vontade do Pai, para levar à glória os pecadores escolhidos, Jesus morreu por eles, chama-os e os traz para si mesmo, perdoa seus pecados e preserva-os seguros até o dia da ressurreição.
3. A ética da família de Deus. A nova vida é dada aos pecadores como um dom da livre graça de Deus e deve expressar-se num novo estilo de vida. Os que receberam a graça devem ser agradecidos; os que são grandemente amados precisam mostrar grande amor aos outros; os que vivem porque são perdoados devem, eles mesmos, perdoar; os que conhecem a Deus como seu amoroso Pai Celestial, devem aceitar sua providência sem amargura, honrando-o todo o tempo, confiando em seu cuidado protetor. Em resumo, os filhos de Deus devem ser como seu Pai e seu Salvador e ser completamente diferentes do mundo.
Nota: Estudo extraído da "Bíblia de Estudos de Genebra", pág. 1111, Editora Cultura Cristã.

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